Da conquista formal à transformação real
1932-2007 – 75 anos do voto feminino
O voto feminino no Brasil é uma conquista ainda muito recente, de muita luta, de muita coragem e determinação de mulheres que se colocaram á frente de seu tempo.
Foram obstinadas, íntegras e principalmente ousaram sonhar, sonharam com uma sociedade mais equilibrada, mais humana, sonharam que as mulheres tinham direitos a fazer sua própria escolha política através do voto,m sonharam que as mulheres poderiam ser sujeitos de suas próprias ações, poderiam contribuir intelectualmente na construção de uma nova realidade, de uma nova ordem social, de uma nação.
Esse sonho continua vivo, enraizado na alma de cada mulher que tem a coragem de ser uma ativista política, elas iniciaram o processo que perdura até hoje, porém cabe a nós a continuidade do mesmo, para que as gerações futuras possam provar desse fruto.
Muitos foram os desafios, os preconceitos, as perseguições, mas já naquela época o sonho e a esperança venceram o medo e a ditadura. Dessa forma as mulheres do PV ousam ir mais longe, respeitando o passado, compreendendo o presente e apostando no futuro.
E o futuro pertence a todos nós e deverá ser construído em conjunto com o universo masculino. Não queremos estar à frente e nem atrás, queremos estar lado a lado trabalhando, participando, opinando, votando e sendo votada e deliberando ações positivas na construção de uma sociedade permeada pelo ideário verde, com serenidade, legitimidade e justiça social.
Queremos criar e ocupar um espaço partidário, que seja vanguarda no seu ideário, mas em especial, provocar uma reengenharia no exercício do poder, um espaço sensível às nossas diferenças, que reconheçam a importância efetiva da contribuição feminina no cenário político nacional, que reconheçam que nós mulheres somos mais que eleitoras ou cabos eleitorais, “somos agentes políticas transformadoras da sociedade contemporânea”.
É nessa condição que o PV Mulher convida toda a sociedade para debater os entraves que, ainda neste início de milênio, dificultam o estabelecimento da justiça social de gênero, de raça/etnia e de classe, em todos os aspectos da vida do povo brasileiro.
Regina Gonçalves
Secretária Nacional da Mulher